29.11.08

DESDE PORTUGAL. OSVALDO MACEDO DE SOUSA

A PARÓDIA


Esta sequencia de artigo sobre definições de conceitos do mundo do humor, parece uma grande paródia à realidade, já que por muito que tentemos diferencia-los, acabam sempre por se confundir, e só mesmo os estudiosos, que perdem seu tempo nestas deambulações labirínticas das palavras e seus significantes é que conseguem ver as nuances.

Costuma-se dizer que a vida não passa de uma grande Paródia, mas mais uma vez estamos a empregar mal as palavras, porque o sentido mais popular de Paródia, ou seja uma grande brincadeira, não é o sentido conceptual da palavra. Será mais correcto dizer que a vida não passa de uma anedota humorística, de um chiste.
Essa grande paródia, a festa que se fez, a brincadeira que a todos divertiu esta adulterada porque a base da verdadeira paródia está no Teatro, na dramatização da vida em comicidade, contudo para ser uma Paródia verdadeira, não pode ser um simples jogo de brincadeiras, de trocadilhos, mas sim um jogo de ambiguidades entre a realidade e a reconstrução humorística.

A Paródia é a utilização de factos, situações, estilos, realidades concretas e com usa-las como género, como estilo, como tema para em comparação fazer humor. Por exemplo usar uma peça de teatro bem conhecida e “adulterar” o sentido das palavras para transmitir a nova mensagem no jogo da mesma representação anterior com um sentido novo. No caso do desenho é usar figuras de personalidades conhecidas ou o estilo de um artista plástico célebre para dar novo sentido á mensagem que se quer transmitir.

Por isso quando o povo diz que a noite anterior foi uma grande paródia, quer dizer que imitou a realidade em novas situações humorística, mas fê-lo sem ter consciência da utilização de elementos de imitação para parodiar o sério com o humor.
Como podem verificar até a mim me está a custar explicar bem este conceito de Paródia. Todos já compreendemos o sentido, mas não através das minhas palavras.
Osvaldo Macedo de Sousa

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